domingo, 13 de março de 2011

Adeus, 730

Este é um texto que não deveria ser escrito. Mas é necessário. O ponto de partida é a minha saída da Rádio 730, ocorrida no mês passado, encerrando uma história de 13 anos, onde não faltaram emoções, polêmicas e conquistas. Em primeiro lugar, agradeço às centenas de manifestações de ouvintes, amigos, familiares, todos dando força e querendo saber onde continua a caminhada. Ou mesmo se continua. É esse compromisso de vida, de tentar sempre ser claro, 100% ético e 100% justo nas ações que me faz escrever essas linhas. Agradeço ainda a oportunidade de viver intensamente a minha mais rica experiência profissional.

Saí da Rádio 730 porque fui demitido. Parece ser simples assim. Prefiro que seja assim. O motivo, sou obrigado a admitir, é porque cometi o erro mais terrível de um jornalista: ser leviano e fofoqueiro quando não devia. Faço fofocas o tempo todo, dentro e fora da rádio, elas me acabaram derrubando-me. É que tenho esse vício de telefonar o tempo todo, aleatoriamente, mas estou mais cuidadoso agora. Inventei estórias demais e passei do limite. Minha relação profissional e pessoal estava desgastada bastante com praticamente todos os profissionais da emissora, acho que devo assumir isso.

Esse processo guarda alguma semelhança com a minha saída da antecessora Rádio K do Brasil. Por minha culpa, não havia clima para a seqüência de trabalho. Se não fosse demitido, pediria para sair. Era o caminho natural!

Respondendo a algumas colocações que vem sendo feitas maldosamente e repetidas em diálogos cochichados, seja no dia-a-dia, seja na internet. Houve negociação com a Rádio 820, mas eles não cumpriram o que havia sido prometido. Em função do fato de eu ser do jeito que sou, não há garantia de continuidade na minha carreira no rádio. Se esse foi o fim, terá sido. O dia 21 de fevereiro de 2011 pode ter sido o último da minha vida profissional no rádio (eu sei, é dramático, já chorei bastante, mas é a vida).

Minha saída da rádio não tem a ver com questões políticas. Fosse assim, Marcus Cipriano e outras dezenas de jornalistas simpáticos a Marconi seriam demitidos, mas não foram nem jamais serão. Ainda assim, nunca escondi que sou marconista, tanto que sou assessor de um de seus homens fortes há mais de 10 anos. Nunca escondi isso, por isso vou continuar a subir em palanques e freqüentar comitês. E me orgulho de só ter amigos honestos e limpos na política: Marconi Perillo, Ademir Menezes, Clécio Alves, Elias Vaz e Tales Barreto, só para citar detentores de mandato. Além dos já citados Balestra e Taveira.

Mas o que mais me dói nos últimos meses tem sido uma série de ataques sórdidos, vinda das redes sociais. Em julho, foi feito um perfil falso no twitter, usando nome e foto meus. Esclareço que o meu único perfil verdadeiro é o @marceloheleno. Nele, faço o que acho justo, como a cobrança pública por serviços que não foram feitos na campanha e a propagação de opiniões assertivas.

Escrevo tudo isso com tristeza, repito. Não precisava ser assim. Não tinha de ser assim. Porque eu provoquei isso. Mea culpa. Disparo telefonemas o dia todo, sendo maledicente e, por que não ser claro?, fofoqueiro. Tentarei, de agora em diante, não praticar esses conceitos. Não posso jogar no lixo meu maior patrimônio, que é a credibilidade. Isso acontece a cada vez que um radialista como eu deixa de praticar o jornalismo para atender interesses terceiros.

A Rádio 730 não é patrimônio apenas de seu dono. Ou de seus aliados. Mas, paciência. Saio da 730, mas a 730 não sai de mim. Quem sabe eu consiga o perdão e volte logo. Se assim não está sendo mais entendido, é porque os tempos são outros e à platéia só cabe assistir. Ou não (como diria Caetano Veloso). Que venham dias melhores!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Baixo Nível: Rener aqui, Tiririca lá

Nao sei quem e mais baixo nivel: Rener aqui ou Tiririca lá.

“Coveiros” - livro sério - está liberado

Juiz Leão Aparecido Alves negou ao PMDB e à coligação de Íris Rezende a busca e apreensão do livro “Coveiros do BEG”. Ainda cabe recurso à decisão. Trata-se de livro-desabafo de autoria de Valmir Martins, presidente do Banco do Estado de Goiás à época de sua federalização. Eu li e recomendo fortemente: é um livro sério, escrito por gente gabaritada

"Alegria de pobre dura pouco".

Candidato a deputado federal Armando Vergílio (PMN), ao tomar conhecimento da falsidade de declaração de voto atribuída a este jornalista em um twitter falso (o @marcelo_heleno). O verdadeiro é @marceloheleno.

Ficha Limpa começa a valer

O nome de guerra é sugestivo. Neném Itapipoca foi candidato a vereador no interior do Ceará pelo PSB em 2008. Condenado por compra de votos, foi condenado pela justiça eleitoral.

terça-feira, 24 de agosto de 2010